Os Três Filtros de Sócrates: uma prática de consciência e cuidado nas relações — inclusive com nós mesmos
Você já parou para pensar no impacto das palavras que diz — ou escuta — no seu dia a dia?
O filósofo Sócrates, um dos grandes nomes da sabedoria grega, propôs um exercício simples e profundo antes de falar sobre alguém ou compartilhar algo: passar a informação por três filtros.
Esses filtros são perguntas que funcionam como bússolas éticas e emocionais:
1. É verdadeiro?
Antes de repetir algo, pergunte-se: Tenho certeza de que isso é verdade?
Muitas vezes, propagamos opiniões, julgamentos ou boatos sem saber sua veracidade, o que pode gerar mal-entendidos, conflitos e dores desnecessárias.
2. É útil?
Mesmo que seja verdade, pergunte: Essa informação é útil para a pessoa que vai ouvi-la? Vai ajudá-la de alguma forma?
Nem tudo o que é verdade precisa ser dito — especialmente se não contribuir para o crescimento, o cuidado ou a resolução de algo importante.
3. É bom?
Por fim: É bom dizer isso? Há gentileza, empatia, respeito nessa fala?
O critério do “bom” nos convida a refletir se estamos construindo ou destruindo com as palavras. Ele traz o olhar humano e compassivo para nossas relações.
Mas essa reflexão não se limita à forma como falamos dos outros.
E quanto ao modo como falamos de nós mesmos?
Nosso diálogo interno — aquilo que pensamos, dizemos e repetimos sobre quem somos — também merece passar por esses filtros:
É verdade o que estou dizendo sobre mim ou estou me julgando com dureza excessiva?
Esse pensamento me ajuda a crescer ou só me enfraquece?
Há bondade na forma como me trato internamente ou estou alimentando autocrítica e culpa?
Na psicoterapia, convidamos esse olhar mais consciente sobre a linguagem — tanto externa quanto interna.
Cuidar da palavra é cuidar do vínculo, e isso começa pelo vínculo com nós mesmos.
Que você possa levar esses três filtros para suas conversas — e também para seus pensamentos.
Talvez eles não mudem o mundo de uma vez, mas podem transformar a qualidade da sua presença nele.
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