Solidão e Solitude na Vida Atual: Um Olhar Terapêutico
Em meio à correria da vida moderna, muitas pessoas sentem um desconforto silencioso que não sabem nomear. É como se faltasse algo, mesmo quando tudo parece “bem”. A solidão, nesses tempos, tem se tornado uma experiência comum — um vazio que não é preenchido por mensagens, redes sociais ou compromissos. É a ausência de vínculo verdadeiro, de conexão significativa, consigo mesmo e com os outros.
Mas há outro estado possível: a solitude. Diferente da solidão, ela não é ausência, mas presença. Presença consigo, com o que se sente, com o que se é. Solitude é quando o silêncio não fere, mas cura. Quando o estar só se torna espaço de escuta, de encontro e de reconexão.
Na prática terapêutica, acolhemos ambos os estados com respeito. A solidão dói — e essa dor tem algo a dizer. Ela pode apontar para feridas de vínculos rompidos, para necessidades não ouvidas, para o cansaço de se manter sempre “forte”. Já a solitude surge quando começamos a nos permitir parar, respirar e habitar o próprio corpo, os próprios sentimentos, com compaixão.
Cultivar a solitude é um processo. Muitas vezes começa com o desconforto da solidão, mas, com apoio e consciência, pode se transformar num lugar seguro dentro de si. É nesse espaço que a cura acontece, que a criatividade floresce, e que a verdadeira conexão com os outros se torna possível — não mais por carência, mas por presença.
Você se sente sozinho?
Gostaria de entender este vazio e transformar este espaço em solitude?
Conte comigo nesta jornada!